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O que é doença de Alzheimer? 

“ A doença de Alzheimer é classificada como um transtorno mental e comportamental, sendo a forma mais comum de demência, constituindo mais de 50% dos casos”. 

“Estudos apontam que a doença surge a partir do momento que as células cerebrais sofrem redução em números e tamanho”. Diferentemente do restante do nosso organismo, as células cerebrais atuam de forma singular, logo uma não consegue fazer o trabalho da outra.

Por isso, caso uma dessas células sofra alterações uma função não poderá ser executada. Deste modo à medida que a doença progride e afeta diversas áreas cerebrais, determinadas funções e capacidades são perdidas. E após perda da função e/ou capacidade, dificilmente é possível recuperá-la ou “reaprendê-la”.

Este tipo de demência, como o Alzheimer é representado pela diminuição progressiva das funções cognitivas como aprendizagem, memória, consciência, atividades de cálculos, dentre outras. O diagnóstico ocorre quando essas alterações se manifestam de maneira intensa a ponto de prejudicar a rotina do indivíduo e atividades pessoais básicas.

Essa deterioração resulta em modificação de comportamento, personalidade e capacidade funcional. A doença de Alzheimer inicialmente ocorre de forma sorrateira com degeneração lenta, sendo de extrema importância a diferenciação desta para o declínio normal das funções cognitivas, que levam a formação de deficiências mais leves. 

Tratamentos dos casos de Alzheimer

O estilo de vida e tratamento pode retardar significativamente a progressão da doença. Normalmente progride por fases, e afeta cada indivíduo de maneira singular, podendo os sinais e sintomas, duração das fases variar de pessoa para pessoa. 

Apesar do Alzheimer se manifestar de forma semelhante a doença pode ser caracterizada em três tipos: O Alzheimer de início precoce – o mais raro, pois é diagnosticado antes dos 65 anos de idade; Alzheimer de início tardio ou esporádico – é a forma mais comum, superior a 80% dos casos, geralmente ocorre após os 65 anos, podendo ou não ter antecedentes familiares; Alzheimer familiar – conhecida por ser inteiramente hereditária.

Sintomas mais comuns do Alzheimer

Normalmente se inicia com pequenos esquecimentos, ligeira perda de memória, normalmente interpretada como processo natural do envelhecimento. Em muitos casos, os pacientes podem se tornar desorientados e até mesmo agressivos.

Apresentam dificuldade em reconhecer seus próprios familiares e até a si mesmo, quando se colocam em frente ao espelho. À medida que a doença progride tornam-se cada vez mais dependentes, pois as limitações físicas e dificuldades de comunicação começam a surgir necessitando de supervisão integral.  

Como a Nutrição atua no tratamento do Alzheimer

As alterações cognitivas e comportamentais do Alzheimer podem prejudicar a nutrição do idoso, pois surgem problemas de deglutição e mastigação dificultando o ato de se alimentar.

Além disso, devido algumas ineficiências físicas, torna-se cada vez mais difícil a preparação das próprias refeições, comprometendo ainda mais o estado nutricional do indivíduo. Ainda não há evidências que comprovem que a alimentação possa prevenir a doença, porém parece ter um efeito protetor para a melhoria do estilo de vida.

“Existem evidências de que vitaminas relacionadas com o metabolismo de homocisteína, gorduras e álcool possuem papel importante na doença”. Diversos estudos epidemiológicos já apontaram a importância e efeito positivo dos ácidos ômega 3, vitaminas E, C, D e do complexo B sobre os neurônios, principalmente no processo de envelhecimento

Alguns compostos do Sistema Nervoso Central (SNC), como dopamina e noradrenalina, dependem de nutrientes essenciais para sua síntese, como a vitamina B12, B2 (riboflavina), B6 (piridoxina), nicotinamida, ácido fólico e vitamina C.

De acordo com estudiosos, a deficiência de micronutrientes acelera a deterioração dos neurônios, causando potencial declínio da função cerebral com o envelhecimento. 

Com a progressão da doença existe o risco maior de desnutrição proteico-energética, como também os níveis e aportes de micronutrientes e ácidos graxos essenciais podem estar comprometidos com a progressão da doença. Normalmente portadores de doença de Alzheimer, apresentam deficiências de micronutrientes características, como por exemplo, selênio, fibras, ferro e vitaminas do complexo B, C, E e K.

Existe uma dieta preventiva?

Evidências científicas têm demonstrado importante papel da nutrição na prevenção do Alzheimer. O consumo de frutas, hortaliças, peixes semanalmente e óleos ricos em ácidos ômega 3 parecem ter efeito protetor quanto ao risco de Alzheimer e demência.

A diminuição do consumo de gorduras saturadas e aumento de insaturadas, como por exemplo, por meio da redução do consumo de carnes vermelhas e embutidos, aumento do consumo semanal de peixe (preferencialmente os gordos), inclusão frutos oleaginosos óleos vegetais, leguminosas, cereais e o consumo moderado de bebidas alcoólicas demonstram ser a melhor estratégia para a prevenção de Alzheimer

Por isso a dieta mediterrânea vem sendo relacionada com o menor risco de desenvolver transtornos cognitivos leves ou progressão para Alzheimer, pois se caracteriza por grande disponibilidade de hortícolas com propriedades antioxidantes, leguminosas, frutas, cereais e gorduras insaturadas.

Mas apesar de diversos estudos científicos apontarem que esta dieta tem um papel protetor na progressão da doença, ainda existem poucas evidências quando a doença já se encontra instalada. Mas a literatura demonstra, que quanto maior a adesão a este tipo de padrão alimentar, menor é o risco de mortalidade em pessoas com doença de Alzheimer. 

Além de todas as informações descritas acima, a nutrição assume papel fundamental desde antes do diagnóstico como depois. Já que devido as dificuldade enfrentadas diariamente, é necessário a atenção caso a caso, para que as estratégias sejam traçadas de maneira singular, respeitando os desejos, vontades e crenças do indivíduo. 

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Autor(a): Beatriz Barreira – Nutricionista

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